quarta-feira, 26 de agosto de 2015

Fazenda Água Limpa tem primeira colheita de flores orgânicas
Produção de rainha-margarida faz parte de pesquisa coordenada pelo Centro Vocacional Tecnológico em Agroecologia e Agricultura Orgânica da UnB
Helen Lopes - Da Secretaria de Comunicação da UnB


Júlia Seabra/UnB Agência
O Instituto Central de Ciências da Universidade de Brasília ficou florido na manhã desta quinta-feira (12). Estudantes, professores e técnicos que passavam em frente à Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinária (FAV) foram presenteados com pequenos arranjos feitos com as primeiras flores orgânicas colhidas na Fazenda Água Limpa da UnB.
A plantação da espécie rainha-margarida, cultivada com adubação orgânica e sem o uso de defensivos, integra pesquisa coordenada pelo Centro Vocacional Tecnológico em Agroecologia e Agricultura Orgânica da Universidade de Brasília (CVT-AAO/UnB).
“Optamos por conduzir esse experimento inédito na FAL porque as flores podem ser uma alternativa complementar a cultivos mais difundidos, como de hortaliças e frutíferas”, afirma a coordenadora do CVT, professora Ana Maria Junqueira.
Foram 90 dias de acompanhamento, do plantio à colheita, para que as 4,5 mil sementes de rainha-margarida florescessem sem nenhuma interferência química externa. “Não houve necessidade de manejo de pragas. Realizamos a plantação em duas estufas teladas, o que ajudou na proteção”, conta o docente da FAV Fábio Padilha Viana.
Para verificar as condições ideais de produtividade, os pesquisadores utilizaram diferentes tipos de adubos naturais, como esterco de aves e bovinos, em quantidades distintas. “Observamos aspectos como o diâmetro e a quantidade de flores abertas, comprimento e espessura da haste, insetos e micro-organismos no solo”, exemplifica Viana. “Ainda faremos as análises estatísticas, mas visivelmente os resultados estão muito bons”.
O estudo também contempla a etapa de pós-colheita, cujo desafio é encontrar soluções sustentáveis e eficientes para armazenagem e conservação.
De acordo com o professor, o cultivo de flores envolve intensa mão de obra e tecnologias que os produtores do DF e Entorno não comportam. Hoje, cerca de cem agricultores desenvolvem esforços nessa área. “Esse projeto pode ajudá-los a qualificar a produção. Além de não utilizar agrotóxicos, há diminuição de custos”, aponta.

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